O que está a acontecer?

Não falta o galo de Barcelos e o café delta.

Fui tentar fazer um curso técnico através do iefp e não fui selecionado por ter 33 anos e a funcionária disse que nesta idade já deveria ter uma profissão.

Tenho 41 anos e fiquei totalmente cego em 2014 devido ao progresso natural de um glaucoma congénito do qual perdi o controlo em 2011. Quando comecei a perder visão demiti-me da empresa onde trabalhava com o objectivo de ter todo o tempo que necessitasse para tentar perceber o que se estava a passar com a minha visão. Ainda fiz umas cirurgias, que não funcionaram, e portanto acabei mesmo por ficar cego e não voltar a trabalhar, estando a receber pensão de invalidez desde 2013, e só agora, após 9 anos de cegueira, é que sinto que estou a ganhar confiança suficiente para voltar a ter um trabalho onde possa criar valor.

Infelizmente quando era mais novo e inconsequente não gostava nada do ensino orientado, e portanto abandonei a escola aos 17 anos sem concluir o secundário após arranjar o meu primeiro emprego, algo que, em conjunto com a minha deficiência e com o buraco temporal enorme no meu Curriculum Vitae, sinto que me prejudica bastante hoje em dia. Como tenho a noção que causar boa impressão à primeira vista é extremamente importante, pretendo tirar um curso superior em Engenharia Informática, área na qual tenho 26 anos de experiência pessoal e 10 de experiência profissional para além da paixão de geek da velha escola que tenho por tecnologia, sendo o objectivo candidatar-me a uma posição de programador iOS júnior no futuro.

A questão é que, embora pense que a minha experiência me ajude com as cadeiras de programação, estou com receio de não me conseguir safar nas de matemática, pois tenho imensa dificuldade a ler expressões complexas e não consigo ver para usar calculadoras gráficas. Para além disso estou bastante enferrujado na maioria das áreas dentro da matemática excepto trigonometria e álgebra linear que uso na computação gráfica, que é uma das minhas áreas favoritas a par do desenvolvimento de sistemas embebidos (sim, é possível mesmo para um cego, e eu gosto de testar os meus limites).

Andei a pesquisar sobre o assunto em conjunto com a minha irmã e parece que os cursos M23 que existem em algumas universidades dão para mim, mas não encontrámos nada a respeito de ensino superior para deficientes visuais em Portugal. Falar com a ACAPO também não deu resultado uma vez que ninguém na delegação de Lisboa me atendeu o telefone ou responde ao E-mail que enviei há mais de uma semana. Assim, como último recurso procuro por este meio obter ideias ou informação sobre como posso proceder de forma a atingir os meus objectivos, se for possível.

https://visao.pt/exameinformatica/opiniao-ei/2023-06-09-a-parvoice-das-provas-de-afericao-de-matematica-online

Mesmo quem nunca teve matemática ‘mais a sério’ tem noção que, nesta disciplina, não se desenha apenas números e sinais de aritmética, Há frações, parêntesis, muitos e diferentes sinais… Há que criar esquemas e gráficos para explicar a resolução dos problemas… Fazer tudo isto num computador, recorrendo apenas a teclado e rato – não, não foram usados tablets ou outras soluções que permitissem o desenho livre – significa que os alunos tiveram de perder (muito) mais tempo a preocupar-se com o processo de desenharem o que queriam do que a pensarem, realmente, nos problemas apresentados.

Confesso que, quando soube que o teste seria online, pensei, na minha inocência e porque quero continuar a acreditar que temos decisores políticos minimamente razoáveis, que seria um teste de escolha múltipla, em que os alunos usariam folha e lápis para resolver os problemas e só escolheriam o resultado no computador. Mas não, os alunos tiveram de apresentar todos os cálculos e processos de resolução no computador.

Até os matemáticos continuam a usar papel e lápis, mas os nossos adolescentes têm de andar a fazer ginástica com teclado e rato. Inqualificável! O resultado foi o que se esperava. Muitos alunos simplesmente desistiram, até porque sabem que estas provas de aferição ‘não valem para nada’. Ou melhor, valeram para demonstrar o que vai na cabeça de muitos (ir)responsáveis no Ministério da Educação.

Presumo que estas provas de aferição sejam, em larga medida, um teste. Espero que se perceba que não vale a pena ‘reinventar a roda’. O papel e o lápis/caneta foram grandes invenções e continuam a ser a melhor solução para muita coisa.

Não sei se sou eu, mas sinto que a restauração em geral desceu na qualidade do serviço e no atendimento, enquanto os preços aumentam.

Da experiência já passei por não compreendem o que digo, o que peço ou o que quero, partirem pratos à minha frente, entornarem me bebidas, apressar-me a fazer o meu pedido para me despachar, não me atenderem por completo dando prioridade a grupos maiores e a estrangeiros e a não me cederem mesas que dizem "reservadas" que na realidade não estavam.

Qual é a vossa perspectiva e experiência neste sector?

Olá, eu ainda não entendi muito porque protestam os advogados e psicólogos, eu não percebi o que eles querem. Basicamente pelo que percebi vai ser possível a alguém fora da área de psicologia poder dar consultas sem ser psicólogo? E relativamente a advogados, alguém fora de direito pode me dar consultas jurídicas se eu pedir apoio jurídico? Como isso funciona? A partir de agora as pessoas vão poder ser defendidas por leigos em tribunal? É por isso que protestam? Alguém me pode explicar?

Obrigado

Gostaria de solicitar a vossa ajuda com uma situação social complicada e urgente, a situação é que tenho uma amiga numa instituição, ela vai fazer 25 anos em breve e, como esse é o limite máximo de idade de permanencia na instituição, querem-na pôr dali para fora no próprio dia em que faz os anos alegando que por lei não a podem lá ter mais tempo. O problema é que a rapariga não tem nenhum sítio para onde ir e também não tem qualquer ajuda de ninguém, nem da instituição, nem da segurança social nem de nada. Existe a possibilidade de a jovem poder habitar uma casa, porém esta casa só se pode alugar daqui a 2 meses, a jovem encontra-se a trabalhar em part-time e esta habitação é a unica na zona que lhe permite o aluguer (por 150 euros) com o parso ordenado que ela tem (cerca de 300 euros). Necessito do vosso apoio, pois vocês percebem muito mais de leis do que eu, para perceber se existe alguma coisa que a jovem possa fazer ou solicitar, apoiada nalguma lei, que lhe permita ficar na instituição até à casa se encontrar disponível. A instituição não quer saber, mas eu gostaria de algo em que lhes pudesse "encostar a parede" para a jovem poder ficar pelo menos mais 2 meses.

Alguém explica?

Tal como indicado no título, é mais um desabafo do que outra coisa.

Hoje decidi, estupidamente, ir ao cinema. Pensei que a chuva mais intensa demovesse a creche do secundário de se deslocar ao cinema mas claramente estava enganado.

Após quase 20 minutos, porque havia um pequeno exército de putos e pitas com as hormonas aos saltos a fazer um escarcéu impossível na zona da bilheteira e dos jogos (honestamente, que façam o chavascal que queiram dentro do razoável nesta zona enquanto jogam air-hockey e dão socos na máquina a acharem que são os novos Mike Tysons), lá consegui comprar o bilhete para um filme de terror, cujo autor (Stephen King) dúvido que a maioria deles conheça sequer. Devia ter percebido que Murphy andava à caça quando vi a quantidade de adolescentes na bilheteira, mas ainda assim segui em frente. Pensei que entre o novo Fast and Furious e o Spider-man tivesse alguma sorte e eles não fossem para o filme de terror...mais uma decisão idiota da minha parte...

Entrei na sala e tudo parecia composto para uma experiência de cinema decente. Tive de atender um telefonema de última hora, pelo que saí da sala. Ao voltar a entrar, todas as filas mais próximas do ecrã, bem como toda uma das laterais da sala tinham sido ocupadas pelo exército do pó-de-talco.

Os anúncios começaram e todos eles continuaram na galhofa. Durante os anúncios que se lixe...mas claro que, mesmo depois do filme começar ainda tínhamos uma boa dezena de fedelhos a falar a alto e bom som. Como já estou velho e cansado, em vez de entrar na guerra de "xius!" que se costuma ouvir, resolvi simplesmente perder um ou dois minutos de filme e avisar o staff do cinema. Felizmente, o resto da pequena sala não estava com pachorra para os fedelhos e após regressar, vi mais um par de pessoas a sair brevemente da sala e a regressar, tal como eu tinha feito. Não demorou, assim, a termos o filme parado e 3 ou 4 pessoas do cinema a entrar e a desancar a criançada. Lá resultou, e deu para desfrutar dos restantes dois terços do filme em condições, ainda que a brigada da fralda tenha por mais de uma vez estragado o ambiente com várias das criaturas e sentirem a necessidade de sacar do telemóvel (Cthulhu proíba que passem 90 minutos sem ver as mensagens...).

Talvez seja apenas eu que estou a tornar-me num velho rabugento, mas fdx...é assim tão difícil ir ao cinema e estar 90 minutos calado, sem mexer no telemóvel, e desfrutar do filme? Se não o conseguem fazer porque raios não ficam em casa? Se não estão a gostar do filme, qual é a dificuldade de sairem do cinema e irem fazer outra bosta qualquer? É a mesma merda que se vê nas salas de espera e afins; um chinfrim infernal porque as pessoas parece que desaprenderam o que é viver em sociedade e como se devem comportar.

Estou a ver que para se ir ao cinema, só durante os dias de semana e durante o período escolar, para evitar que a criançada vá para lá fazer um cagarim que se consegue sobrepor ao som do filme...

Enfim...aqui fica o desabafo. Digam de vossa justiça, lol.

Saudações

Ola, sou aluna do 11° e como todos estou me a preparar para os exames nacionais. Sou uma aluna diagnósticada com dislexia grave, e mesmo assim não me deram direito ao tempo extra no exame. Desde o início do ano venho falado com a minha escola acerca das coisas a que tenho direito para os exames, sempre me garantiram que tudo estava tratado de forma a ter acesso aquilo que tenho direito, assinei papéis e a minha mãe certificou se de tudo. Hoje a minha mãe foi a minha escola tratar de mais uma papel para o exames, e foi lhe dito que só terei acesso a ficha A mas não a tempo extra. Eu fui procurar por informação porque foi me dito que eu tinha direito. Resumindo a minha mãe está super frustrada por não me conseguir ajudar, tenho uma escola que não quer saber de min mas depois pedem desculpa por serem uns incompetentes no trabalho que lhes diz respeito. Estou tão nervosa por que estou a trabalhar para o meu futuro e parece que o meu país não me ajuda.

Não sei mais o que fazer alguém tem alguma ideia do que fazer?

E já agora obrigada aos responsáveis por isto tudo -Secundário Manuel Cargaleiro- por realmente se preocuparem com o futuro dos vossos alunos